A Arte do Teatro Grego

8 de abril de 2009

Nascimento



O teatro surgiu na Grécia através de necessidades do homem. Junto ao teatro Surgiu também o “ditirambo”, que é um tipo de procissão informal que servia para homenagear o Deus Dioniso (Deus do Vinho). Mais tarde o “ditirambo” evoluiu, tinha um coro formado por coreutas e pelo corifeu, eles cantavam, dançavam, contavam histórias e mitos relacionados a Deuses. A grande inovação deu-se quando se criou o diálogo entre coreutas e o corifeu. Cria-se assim a acção na história e surgem os primeiros textos teatrais. No início fazia-se teatro nas ruas, depois tornou-se necessário um lugar.E foi assim q surgiram os primeiros teatros.



Dioniso, Diónisos ou Dionísio

Estátua de Dionísio Exposta No Louvre.


Dioniso, Diónisos ou Dionísio era o deus grego equivalente ao deus romano Baco, das festas, do vinho, do lazer e do prazer. Filho de Zeus e da princesa Semele, foi o único deus filho de uma mortal.
Dionisio passou parte de sua gestação na coxa de seu pai. Quando completou o tempo da gestação, Zeus o entregou em segredo a Ino (sua tia) que passou a cuidar da criança com ajuda das Dríades, das horas e das ninfas.
Depois de adulto, ainda a raiva de Hera tornou Dionisio louco e ele ficou vagando por várias partes da Terra. Quando passou pela Frígia, a deusa Cíbele o curou e o instrui em seus ritos religiosos.
Sileno ensina a ele a cultura da vinha, a poda dos galhos e o fabrico do vinho.
Curado, ele atravessa a Ásia ensinando a cultura da uva. Ele foi o primeiro a plantar e cultivar as parreiras, assim o povo passou a cultuá-lo como deus do vinho.
Dionisio puniu quem quis se opor a ele (como Penteu) e triunfou sobre seus inimigos além de se salvar dos perigos que Hera estava sempre pondo em seu caminho.

Téspis de Ática

"Carro de Téspis"



Ator grego do começo do século V a.C., trazido de Icárias onde teria nascido,pelo Tirano de Atenas Pisístrato.
O primeiro diretor de coro foi Téspis, que foi convidado pelo tirano Préstato para dirigir a procissão de Atenas. Téspis desenvolveu o uso de máscaras para representar pois, em razão do grande número de participantes, era impossível todos escutarem os relatos, porém podiam visualizar o sentimento da cena pelas máscaras.

O "Coro" era composto pelos narradores da história, que através de representação, canções e danças, relatavam as histórias do personagem. Ele era o intermediário entre o ator e a platéia, e trazia os pensamentos e sentimentos à tona, além de trazer também a conclusão da peça. Também podia haver o "Corifeu", que era um representante do coro que se comunicava com a platéia.

Em uma dessas procissões, Téspis inovou ao subir em um "tablado" (Thymele – altar), para responder ao coro, e assim, tornou-se o primeiro respondedor de coro (hypócrites). Em razão disso, surgiram os diálogos e Téspis tornou-se o primeiro ator grego.

A importância do coro na Grécia antiga




Coro designava um grupo de dançarinos e cantores usando máscaras que participavam activamente nas festividades religiosas e nas representações teatrais. Na tragédia clássica, o coro é uma personagem colectiva que tem a missão de cantar partes significativas do drama. Na origem, representa a polis, a cidade-estado, ampliando a acção para além do conflito individual De início, o texto do coro constituía a parte principal do drama, ao qual se interpolavam monólogos e diálogos. É possível encontrar coros também nas odes pindáricas, exactamente com a mesma função. Com o desenvolvimento da tragédia, o coro fixou-se como uma parte secundária do texto dramática, geralmente reservada ao comentário público. Em consequência, o coro torna-se depois uma parte perfeitamente supletiva que apenas serve para fazer uma pausa entre os actos. Com o desenvolvimento do drama, o coro perde a sua configuração e importância original, abandonando a representação de uma personagem colectiva. A parte coral pode então ser executada por um só cantor, como acontece, por exemplo, já no drama isabelino. Pelo seu carácter repetitivo, o coro aproxima-se da função do refrão. No teatro moderno, fala-se por vezes em personagem de coro (choral character) para designar aquele actor que comenta regularmente a história representada. A função original do coro da tragédia grega não se perde nesta concepção: ele funciona sempre como um espectador ideal que se responsabiliza pelo equilíbrio das emoções e pela moderação dos discursos.

Na tragédia clássica, existe um elo de ligação muito forte entre o drama e o coro. De facto, crê-se que a tragédia tenha surgido em virtude das actuações quer líricas quer religiosas de um coro composto por dançarinos mascarados que cantavam. O coro no teatro trágico grego era formado por um grupo de actores que se mantinham afastados da acção principal da peça, dispondo-se em rectângulo, tendo por função exclusiva comentar os acontecimentos dramáticos, como atestam as peças de Sófocles e Ésquilo.

Autores e textos do Teatro Grego


Ésquilo, o primeiro grande autor trágico, nasceu em Elêusis no ano de 525 a.C., participou da batalha de Maratona no ano de 490 a.C. e, por muitas vezes, esteve na Sicília, onde morreu no ano de 456 a.C. Ésquilo acreditava que o Autor era, antes de tudo um educador.

Ele acreditava que se os atores sofressem em cena, isso despertaria os sentimentos de terror e piedade dos espectadores porporcionando-lhes o alívio ou purgação desses sentimentos. Ocorreria assim a purificação das paixões - Catarse.

Sófocles (496 a 405 a.C.) nasceu em Epidauro e, além de exercer uma brilhante carreira dramática, dedicou parte de sua vida às atividades atléticas, à música, à política, ao militarismo e, por fim, à vida religiosa (foi sacerdote do herói-curador Amino, e, nessa condição, contribuiu para a introdução do culto de Asclépio na Ática.

Sófocles, considerado o continuador da obra de Ésquilo, concentrava em suas obras a ação em um só personagem destacando o seu caráter e os traços de sua personalidade.



Eurípides (c. 480 a.C. - 406 a.C.) foi o mais jovem dos três grandes expoentes da tragédia grega clássica.
Nascido em 480 a.C., perto de Atenas, Eurípedes foi desde a sua juventude um poeta mal compreendido.
desfrutou de grande popularidade nos séculos subseqüentes,é atualmente muito mais popular que Ésquilo ou Sófocles. Os recursos dramáticos que utilizou em suas tragédias, notadamente as posteriores a 420 a.C., influenciaram diversos gêneros dramáticos posteriores, entre eles a "Comédia Nova", o drama (e também o melodrama) e a novela.




Aristófanes nasceu em Atenas em 457 a.C. Ele viveu a época de maior grandeza da cultura ateniense e também viu o início da guerra do Peloponeso, que terminou em 404 com a sujeição de Atenas a Esparta.

O teatro de Aristófanes é extremamente sarcástico. Ele dirigiu críticas contra os elementos que julgava responsáveis pela decadência de Atenas, contra seus companheiros de ofício (na peça As festas de Deméter atacou Eurípedes e seu teatro "moderno", que era cheio de sutilezas retóricas e que invocava outros deuses e não os tradicionais membros do Olimpo) e também contra os filósofos. (em As nuvens critica a filosofia representada na pessoa de Sócrates).




Muitas das tragédias escritas se perderam e na atualidade são três Tragediográfos conhecidos e considerados importantes: Ésquilo, Sófocles e Eurípedes.

Ésquilo (525 a 456 aC aproximadamente) – Principal Texto: Prometeu Acorrentado. Tema Principal que tratava: Contava fatos sobre os Deuses e os Mitos.Ele morreu com uma tartarugada na cabeça enquanto andava pela praia.

Sófocles (496 a 406 a.C.aproximadamente) – Principal Texto: Édipo Rei. Tema Principal que tratava: das grandes figuras Reais.

Eurípides (484 a 406 a.C.aproximadamente) – Principal Texto: As Troianas – Tema Principal que tratava: dos renegados, dos vencidos (Pai do Drama Ocidental)

Aristófanes e a Comédia: Dramaturgo grego (445 a 386 a.C.)É considerado o maior representante da comédia antiga.

Onde e como eram apesentadas as peças teatrais


teatro epidauro

Perspectiva do teatro de Epidauro, visto pelo centro e de cima.
Data: séc. -III / -II

Esse teatro, segundo Pausânias (séc. II), era o melhor de toda a Grécia. Ele atribuiu a construção ao arquiteto Policleto, o Jovem (c. -360/-350), de modo que a construção que podemos ver atualmente data de meados do século -IV. Posteriormente, diversos reparos foram efetuados.

A orquestra tem cerca de 20 m de diâmetro e o auditório, extremamente simétrico, quase 118 metros. Todos os assentos têm 75 cm de largura e 43 cm de altura, e a visão da orquesta a partir de qualquer um deles é muito boa. Cabem, com folga, cerca de 12.000 pessoas.

Teatro de Siracusa

A existência de um teatro em Siracusa é mencionado no final do século V aC por mimografo Sofronie, citando o nome do arquitecto, Damocopos, disse Myrilla por ter propagação pomadas (myroi ") abertura. Il teatro ebbe grande importanza come sede dell'attività teatrale del commediografo Epicarmo , dei contemporanei Formide e Deinoloco . Eschilo vi rappresentò (forse nel 456 aC ) " Le Etnee " ( tragedia scritta per celebrare la rifondazione di Catania con il nome di Aitna ad opera di Ierone I ), e I Persiani , già rappresentata ad Atene nel 472 aC Quest'ultima opera è giunta fino a noi, mentre la prima è andata perduta. O teatro teve uma grande importância como a sede do teatro commediografo Epicarmo de contemporâneos Formidable e Deinoloco. Ésquilo estava lá (talvez em 456 aC)


O Teatro de Delfos é um anfiteatro da antiga Delfos, na Grécia, estando localizado no perímetro do sítio arqueológico de Delfos. Foi o local dos concursos e apresentações de música e poesia associados aos Jogos Píticos.


O teatro de Segesta, o que pode ser datada em meados do século III aC, está situada na colina oposta à do templo, a cerca de 440 metros de altura.

Teatro de Dódona

Dodona é um dos mais renomados arqueológicas de Épire. Seus edifícios estão localizados 22 km a sul de Ioannina, e foi a casa do oráculo de Dodona, o mais antigo na Grécia.


O Teatro de Dionísio foi o mais importante dos teatros da Grécia antiga, é considerado o berço do teatro ocidental e da tragédia. Situa-se na encosta sul da Acrópole de Atenas.

Seu nome é devido a Dionísio, deus do vinho. Nas grandes festas anuais em sua honra é que os cantos rituais, as danças e os sacrifícios rituais resultaram em representações teatrais.

Foi lá que foram apresentadas as célebres tragédias clássicas de Ésquilo, Sófocles e Eurípedes.

Odeon de Herodes Ático

Quando intacto o Odeon era uma estrutura coberta, e podia receber até 5 mil espectadores. O vão da platéia (koilo) tem 76 m de diâmetro, e foi escavado na rocha da colina. Os assentos eram de mármore branco, dividos em duas seções por um corredor. A orquestra tem 19 m de diâmetro, e o cenário, de três níveis, chegava a 28 m de altura, com diversas prótases (pórticos em projeção) com colunas, e nichos para estatuária, sendo ladeado por escadarias, e com uma galeria (metaskenio) voltada para o exterior, revestida de mosaicos, detalhe repetido na decoração das entradas.

As peças só eram apresentadas durante dez dias e cada peça representada apenas uma vez. Como todos queriam ver os espetáculos, o teatro tinha que ser grande. A população ia para o teatro muito cedo, logo após o nascer do sol. Pagava dois óbolos (moeda grega equivalendo a um terço de uma dracma) para entrar.